Nos últimos anos, a Venezuela tem vivido uma forte crise, ocasionando vulnerabilidade social e um contexto de emergência humanitária que se concretiza em uma intensa migração em território brasileiro. A AVSI Brasil () trabalha em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ACNUR (), para apoiar na acolhida da população venezuelana no Brasil.

Cumprindo sua missão de tornar as pessoas em situações de vulnerabilidade ou emergência humanitária protagonistas do próprio desenvolvimento, a AVSI integra a resposta federal à emergência humanitária venezuelana, a Operação Acolhida. Atualmente, em sua parceria com ACNUR, a AVSI Brasil, atua em 7 (sete) centros de acolhida (abrigos) para refugiados e migrantes venezuelanos, em 2 (duas) estruturas de recepção e serviços, além de outras iniciativas nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima.

Sob a supervisão do (a) Coordenador(a) do abrigo e do(a) Oficial de Proteção , o(a) Assistente de Proteção deverá apoiar as ações cujo objetivo seja prover em tempo o cumprimento dos direitos humanos dentro dos abrigos e o acesso aos serviços básicos no Brasil pela população acolhida. Para tanto, e a partir de estratégias de proteção orientadas a solução de problemas, ele apoiará na busca ativa e no monitoramento de pessoas com necessidades específicas, mantendo atualizados os indicadores de maior incidência nesse setor e garantindo que os atores cabíveis sejam acionados em tempo hábil. Igualmente o(a) profissional deverá apoiar as ações de proteção baseada na comunidade e trabalhar estreitamente com os demais setores e funções do abrigo para mitigar riscos e vulnerabilidades que possam surgir em desacordo com os padrões mínimos de proteção.

ATRIBUIÇÕES:

Trabalhar para a efetivação da missão AVSI de tornar pessoas em situações de vulnerabilidade ou emergência humanitária protagonistas do próprio desenvolvimento, da sua família e da comunidade, considerando cada uma das fases do acolhimento nos abrigos em Roraima e em busca de soluções duradouras;

Trabalhar para garantir o cumprimento dos princípios humanitários em toda a sua atuação;

Reportar a (o) coordenador (a) do abrigo sobre suas atividades diárias, carga horária de trabalho, planejamento de descanso e férias, plantões, e demais questões administrativas, bem como sobre plano de trabalho, objetivos, e manter coordenação informada sobre os principais desafios de proteção;

Participar das atividades de gestão do abrigo, incluindo dos serviços de distribuição de itens alimentares e não alimentares, atividades comunitárias, demandas de abertura, reestruturação e fechamento de abrigos, e demais demandas que surjam como atividades da gestão e/ou estratégia da operação.

Reportar ao Oficial de Proteção sobre o trabalho técnico de proteção;

Prover atenção e primeiros auxílios psicológicos às pessoas de interesse e/ou suas famílias;

Apoiar o monitoramento e a relatoria de indicadores de maior índice em violação de direitos no abrigo, sobretudo para criação de estratégias de proteção baseada na comunidade;

Realizar visitas domiciliares, busca ativa, entrevistas e registros de dados, sempre que necessário, para fins de identificação de necessidades específicas da população e referenciamento à equipe cabível;

Apoiar o(a) Oficial de Proteção nas ações de monitoramento de proteção, por meio de análises e exercício de verificações contínuas sobre o cumprimento de padrões mínimos de proteção e mitigação de riscos em estruturas, alocação de famílias, registro de dados, etc. Igualmente, trabalhar para que sejam feitas as readequações necessárias em parceria com os demais colaboradores da equipe do abrigo;

Auxiliar na implementação e supervisão dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para todas as atividades de proteção;

Apoiar as atividades de veiculação de informação de proteção e mapeamento de atores-chave, garantindo que o alcance da informação à população de interesse seja oportuna, segura, efetiva e eficiente, observando-se as estratégias de comunicação com a comunidade estabelecidas dentro do abrigo;

Apoiar no acompanhamento externo de beneficiários sempre que necessário;

Promover a criação de confiança com população de interesse, autoridades e comunidades ao entorno para construir estratégias adequadas de mediação e resolução de conflitos;

Garantir comunicação assertiva com atores da rede de proteção local e parceiros da Operação Acolhida, não obstante a construção de atividades de colaboração mútua e fortalecimento das capacidades locais;

Outras atividades gerais da gestão dos centros de acolhida.